Sobre a Série O Guia do Mochileiro das Galáxias – Um comentário global
Sobre a Série O Guia do Mochileiro das Galáxias – Um comentário global
Os livros de Douglas Adams abusam da sátira, da ironia e do trocadilho (em uns volumes mais que em outros. Penso que o tradutor deva ter sofrido bastante para dar sentido a tantos trocadilhos), mas sempre contém uma melancolia de fundo. Sim, houve momentos de gargalhadas durante a leitura, mas houve mais sorrisos amargos, e alguns momentos de pura tristeza. Isso deve mudar de leitor para leitor. Pode ser que um determinado leitor ache engraçadíssimo que a filha de Arthur e Trillian se chame “Random”, que podemos traduzir por “aleatória”. Já conversei com quem achasse hilárias as tiradas deprimidas do robô Marvin. Em mim tais tiradas provocaram na maioria das vezes um sorriso contido.
E entre uma piadinha e outra o autor conduz reflexões a respeito do caráter do Universo, dos seres viventes no Universo, sobre dimensões titânicas, e sobre frustrantes limitações (um dos livros não se chama “A Vida, O Universo, e Tudo Mais” à toa). E me parece que é ao conduzir este tipo de reflexão que a obra se torna melancólica. Isso claro, se Douglas Adams não for um autor tão satírico que esteja brincando com o leitor enquanto comenta como o Universo é imenso, e como os seres viventes são diminutos.
Mas tudo bem. O intuito da série é divertir. Como em quase tudo na vida, alguns leitores se divertirão mais que outros.
16/03/2011.
A série completa:
- O Guia do Mochileiro das Galáxias;
- O Restaurante no Fim do Universo;
- A Vida, O Universo e Tudo Mais;
- Até Mais e Obrigado pelos Peixes;
- Praticamente Inofensiva.
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