Diário - cinema - O Palhaço

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Fim de semana passado fui assitir ao filme “O Palhaço”, produção brasileira estrelada e dirigida por Selton Mello.

É um belo filme. Conta a história de Benjamin, ou “Pangaré”, palhaço do circo Esperança, que perambula pelo interior do Brasil, em meados da década de 1970. A década de 1970 pode ser inferida pelo espectador a partir dos veículos mostrados no filme (e suas placas amarelas), e pelas velhas cédulas de cruzeiro.

No início do filme Benjamin está claramente entediado com seu destino, como palhaço do circo. Esse destino parece ser o de suceder o pai, o palhaço “Puro Sangue”, vivido por Paulo José, em ótima atuação. Puro Sangue é também o dono do circo. No decorrer do filme Benjamin irá lutar contra esse destino a partir de uma oportunidade que ele pensa que se apresenta quando uma moça que assistiu ao show circense se mostra muito simpática com ele. Praticamente uma fã.

Claro que há coisas estranhas nesses anos 1970 do filme. Por exemplo, tenho minhas dúvidas sobre se a eletrificação rural na época era tão desenvolvida. Ou se o empresário Aldo, descolado e usando brinco em alguma cidadezinha do sudeste do Brasil, vivido por Danton Mello, irmão de Selton, seria factível. E acho que mesmo os circos mais mambembes usavam animais em seus shows na década de 1970. Mas esses detalhes devem ser preciosismos meus.

O filme resgata alguns artistas meio sumidos, como o Ferrugem, que parece não ter mudado nada nos últimos 30 anos, ou Jorge Loredo, que aparece numa ponta contando piadas num “happy hour” de funcionários de uma loja.

A trilha sonora, além das músicas circenses, resgata algumas preciosidades da chamada música brega dos anos 1970, nas vozes de Lindomar Castilhos e Nelson Ned.

Enfim, um belo filme.




06/12/2011.

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