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Mostrando postagens de maio, 2012

Leituras atrasadas - Cartas da Zona de Guerra, de Michael Moore

Leituras atrasadas - Cartas da Zona de Guerra, de Michael Moore Quem conhece a obra de Michael Moore, sabe que ele é um realizador um tanto quanto espalhafatoso. Seus diversos documentários o mostram tentando constranger os possíveis causadores dos infortúnios mostrados nos filmes, enquanto os entrevista. Esses documentários incluem "Roger e Eu" sobre a desativação de uma planta da General Motors em Flint, estado de Michigan, desativação esta que causa uma hecatombe econômica na cidade; "Sicko" sobre os problemas do sistema de saúde, ou a falta de um sistema público de saúde, nos Estados Unidos; "Tiros em Columbine" sobre o massacre perpetrado por dois adolescentes em uma escola no estado Colorado e a facilidade da venda de armas nos Estados Unidos; entre outros filmes. Sua obra inclui também livros, como este "Cartas da Zona de Guerra", que é uma compilação de cartas, na verdade e-meios, de militares, ex-militares e familiares de militar

Minhas Lembranças de Donna Summer

Minhas Lembranças de Donna Summer No final do ano passado, comentei sobre o falecimento da cantora Andrea True , informando que o “hit” cantado por ela, “More, More, More”, era um dos mais tocados nas reuniões dançantes da Vila Cefer 2, onde passei o final de minha infância e início da adolescência. Faz cerca de 10 dias foi divulgada a notícia do falecimento da cantora Donna Summer . Ela estava com 63 anos e lutava fazia algum tempo com um câncer. Donna Summer também fez parte da trilha sonora do final de minha infância e início de adolescência na Vila Cefer. Foram principalmente quatro sucessos. O primeiro foi “Love to Love You Baby”. Naqueles tempos havia uma gravadora especializada em discos de coletâneas de sucesso pop, a K-Tel. “Love to Love You Baby” veio no disco Dynamite, como todos os gemidos de Donna Summer incluídos, o que, pensando em retrospectiva, é bastante surpreendente para aqueles tempos da ditadura militar brasileira, onde os discos tinham que ser aprovados pela c

Meu Mundo

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Eu gosto de utilizar representações de nosso planeta, a Terra, com o Pólo Norte voltado para baixo, em lugar do sul, como é mais comum vermos. Já defendi este posicionamento num outro texto . Claro, que muita gente acha loucura, falta de sentido (em que sentido? He, he, he...), absurdo. Alguns colegas de trabalho em especial, gostam de “endireitar”um pequeno globo que mantenho em cima de minha mesa (obviamente este globo fica com o Pólo Sul para cima), e vez por outra sou surpreendido quando chego para trabalhar e o globo está com o Pólo Norte para cima. Quando eu percebo, por coerência, tenho que corrigir isto. Infelizmente isto causa um pequeno desgaste no globo, a cada endireitada, e cada corrigida. Ou seja, brevemente terei que comprar um globo novo. Uma colega já me perguntou por quê eu mantinha o “globo virado”. Nós trabalhamos num prédio que fica relativamente bem orientado, com relação aos pontos cardeais. O prédio é uma “caixa” retangular, com alas sul e norte, e os lados

Papai Noel

Hoje, quando saí para o almoço, e ia subindo a Caldas Júnior em direção à Riachuelo, eu vi o Papai Noel. É estranho ver o Papai Noel em maio, mas se pensarmos no frio que estamos enfrentando por estes dias faz todo o sentido. Apesar do frio, ele não estava usando sua roupa tradicional, vermelha com botas. Estava disfarçado. Olhando à primeira vista, parecia qualquer um. Vestia uma calça jeans, e uma jaqueta de couro tapando até o pescoço. Estava calçando um par daqueles tênis preto, que diziam antigamente que era para jogar futebol. Não consegui ver a marca. Quem olhasse para ele, veria um velhinho como qualquer outro. Mas aqueles cabelo e barba brancos não deixaram que ele me enganasse. O Papai Noel estava usando uma muleta. Claro, esse negócio de entrar e sair das casas pela chaminé, só podia dar em acidente de trabalho. Garanto que se eu resolvesse perguntar, ele ia tentar me enganar com uns papinhos tipo "fui atropelado", ou "tô me recuperando de um derrame"

Sobre ter, ou não ter, filhos

Sobre ter, ou não ter, filhos Porto Alegre, 24 de maio de de 2012. Caro amigo, Não pude deixar de pensar na pergunta que fizeste no almoço a respeito de ter filhos. Ou não. E que estavas avaliando a questão junto com tua esposa. É. É complexa a questão. Eu tendo a achar que racionalmente, é melhor não tê-los. As despesas vão aumentar, e o salário família, para ajudar a criar a criança não compensa o valor. A esposa pode ganhar sobrepeso e perder as formas. O tempo para as tuas atividades de lazer vai diminuir. Os momentos de intimidade do casal, tornado pai e mãe, vão ficar mais restritos.  Eventualmente vai ser necessário acordar no meio da noite. Uma noite ou outra vai ser necessário correr com a criança doente para algum pronto-atendimento médico. Isso nas coisas mais triviais. Radicalizando o que foi dito acima, e usando do biologismo rasteiro, o feto pode atuar como um parasita sobre a mãe, que eventualmente pode ter sua saúde abalada. Não é incomum que surjam proble

Diário - leituras - O Brasil holandês

Diário - leituras - O Brasil holandês Como o próprio nome diz, é um livro sobre a ocupação holandesa no Nordeste do Brasil (1630-1654). O diferencial deste livro é que nele Evaldo Cabral de Mello é um organizador a mostrar todo o período da invasão holandesa aos domínios portugueses na margem oeste do Atlântico Sul através de textos do século XVII, ou seja contemporâneos ao período abrangido. São crônicas, relatos, correspondências e relatórios militares que o autor selecionou para falar daquele período. Evaldo Cabral de Mello é um especialista no assunto, tendo publicado alguns livros a respeito do assunto, entre os quais “O Negócio do Brasil” e “Olinda Restaurada”. Assim por meio destes textos do século XVII, ele fala da invasão holandesa. Fala do período de impasse do início da ocupação (1630-1632), a consolidação da ocupação holandesa (1632-1637), o período do governo de Maurício de Nassau, considerado o apogeu da ocupação holandesa no Nordeste brasileiro (1637-1644), e a reb

De Ônibus pela Farrapos

De Ônibus pela Farrapos Depois de ter caminhado as duas primeiras quadras da Voluntários da Pátria, cheguei ao ponto dos ônibus que fica embaixo do Centro Popular de Compras, vulgo camelódromo, e tive que dar uma corridinha para conseguir embarcar no ônibus que já ameaçava partir sem mim. Sempre que estou neste ponto de ônibus embaixo do camelódromo me pergunto porque a prefeitura não possui mostradores indicando o horário dos ônibus, além da plataforma de onde cada linha sai. Bom, talvez para expor os horários dos ônibus, os usuários precisassem também de relógios públicos no ponto, e fiscais para ver se os ônibus estão saindo nos horários certos. Seria uma demonstração de respeito aos cidadãos que a Prefeitura não parece interessada em oferecer. E isso não apenas na gestão atual. Mas enfim, peguei o ônibus. Devia ser cinco para as oito da noite. O grosso do horário do pique já havia passado. Ou pelo menos eu achei que deveria ter passado. Mas eu estava enganado. O ônibus

Diário - cinema - Os Vingadores

Diário - cinema - Os Vingadores Fui assistir o filme "Os Vingadores" ("The Avengers") neste final de semana (12/05/2012), em cópia em 3D. O filme é divertido, as mais de 2 horas de filme passam rapidamente, e o 3D funciona bem para este filme (o que me faz pensar que ou os filmes em 3D estão ficando realmente mais bem feitos, ou estou mudando de posição a respeito de filmes feitos em 3D serem apenas caça-níqueis). As piadinhas largadas ao longo do filme fazem rir. Contudo há algo no filme que não me agradou. Foi a questão de haver uma imensa batalha que destrói boa parte da cidade de Nova Iorque, mas praticamente não mostra mortos. Acredito que isso tenha a ver com facilitar a classificação etária do filme, com vistas a aumentar o público nas salas de cinema. Contudo isso leva a uma certa infantilização da coisa. Me lembrei quando eu via desenhos animados na tevê no final do século passado, em especial os da série "G.I.Joe" (baseada na qual foi

Diário - Filmes - X-Men Primeira Classe

Diário - Filmes - X-Men Primeira Classe (Ou "X-Men First Class", se o leitor preferir). Afinal assisti à produção de 2011, sobre o início dos X-Men, pelo menos em sua versão cinematográfica. É um filme de ação divertido, e que pode propor algumas questões. E curiosamente um dos poucos filmes hollywoodianos que já vi em que se fala alemão, francês e espanhol, mesmo que em diálogos curtos , além de inglês. Há um biologismo barato, na afirmação que os mutantes seriam o próximo passo na evolução do homo sapiens. Sim, porque é possível que apareçam indivíduos extraordinários entre os seres humanos, com mais força, ou com capacidade pulmonar para permanecer sem respirar por longos minutos. Mas acho difícil que a evolução, nas linhas em que foi proposta por Darwin e amplamente adotada pelos biólogos em geral, signifique que alguma linhagem do homo sapiens será capaz de se teletransportar para onde quiser, mudar suas formas para adquirir guelras ou carapa

Diário - leituras - 1822, de Laurentino Gomes

Diário - leituras - 1822, de Laurentino Gomes Depois de ter feito sucesso com o livro “1808”, onde narra a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil por ocasião das Guerras Napoleônicas, no início do século XIX, e de como esse evento contribuiu para colocar o Brasil numa trilha através do qual o país se tornaria independente, Laurentino Gomes usa novo livro para falar sobre a Independência do Brasil. O livro “1822” fala sobre isso. Fala sobre como o Brasil se tornou independente mais por conflitos intestinos entre a elite portuguesa, que por iniciativas nativas da elite daqui. Isto é, os ventos liberais que geraram as chamadas Cortes Portuguesas, fizeram com que essa assembleia parlamentar quisesse retroceder as instituições que haviam sido criadas por aqui, a partir de 1808: um autogoverno e a regência do príncipe Dom Pedro, o fim do monopólio de comércio com a metrópole (isto é, Portugal). O Brasil deveria voltar a ser uma colônia controlada por e de Portugal. Depois de tu

Um comentário sobre a insignificância deste blog

Um comentário sobre a insignificância deste blog Outro dia eu estava conversando com um colega de trabalho sobre os textos publicados aqui. Falávamos em especial sobre cinema, e, dentro de cinema sobre os filmes dos  irmãos Coen  (que eu sempre imagino que se chamam Cohen, pois essa me parecia a grafia correta para este mais ou menos tradicional sobrenome judeu). E eu informei que havia publicado um comentário sobre o filme  "Um Homem Sério"  neste blog. A título de curiosidade, tentei ver em que página o Google assinalaria a existência de meu texto sobre o tal filme. Me senti insignificante após navegar por 55 páginas de busca no  Google , e mais umas 20 na  busca do Google em blogues , e não encontrar sinais de meu texto. 08/05/2012.