Um belo show de Milton Nascimento nos seus 50 anos de carreira em Porto Alegre


Um belo show de Milton Nascimento nos seus 50 anos de carreira em Porto Alegre


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Vitor Ramil, Lô Borges e Milton Nascimento no show
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Milton Nascimento esteve neste sábado, dia 15, no Teatro do SESI, em Porto Alegre, para realizar um show de sua turnê de 50 anos de carreira. O teatro estava quase lotado.


50 anos de carreira indica uma carreira iniciada em 1962, embora o primeiro disco, “Travessia”,  tenha vindo à luz em 1967.


Foram cerca de 2 horas de show, incluindo o “bis”, sendo que a série de músicas do show privilegiou os primeiro 25 desses 50 anos de carreira.


O show começou com a canção “Cais”, do primeiro disco “Clube da Esquina”, de 1972; e a segunda foi “Vera Cruz”, de “Courage”, seu segundo disco, de 1969.


E terminou com “Trravessia”, canção com a qual Milton surgiu nos festivais de música no final dos anos 1960. “Travessia” é do disco de mesmo nome, de 1967.


Foram “convidados especiais” do show o parceiro de Milton, o cantor e compositor Lô Borges, e o cantor e compositor gaúcho Vitor Ramil.


A propósito, a participação de Lô Borges deu realmente um ar de “Clube da Esquina” ao show, já que Lô atuou em umas quatro músicas do show. “Trem Azul”, “Um Girassol da Cor de Seus Cabelos” e a própria canção “Clube da Esquina Nº 2” entre elas.


Pessoalmente o show me foi muito comovente. Foi o primeiro show em que me vi sendo, sem nenhuma dúvida, um fã diante do ídolo. O que me fez ser solidário a tantos outros fãs capazes de chorar em um show diante de seus ídolos.


No “bis”, Milton contou umas histórias sobre gravações em Los Angeles, e de como surgiu a música “Canção da América”. Aí, então, Milton ficou sentado, a banda tocou, mas quem cantou “Canção da América” foi a plateia. A plateia cantou errando a letra, mas cantou. E, afinal, não era um concurso de talentos mesmo. Era um momento, digamos, de comunhão entre um artista e seus admiradores.


A voz de Milton continua poderosa, embora já não alcance os tons em falsete que ele alcançava há uns 20 anos. Ele também se move lentamente pelo palco. Afinal estamos falando de um jovem de quase 70 anos. Não é pouca coisa...


Mas, sendo eu o fã diante do ídolo, este foi o melhor show a que assisti...




16.09.2012

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