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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Diário - cinema - Ela

Diário - cinema - Ela "Ela" ("Her", Estados Unidos, 2013) é um filme sobre uma certa fluidade das relações humanas, e sobre a solidão humana. E que tipo de relacionamento pode resultar da interação entre um ser humano e uma máquina, ou no caso, um software. Ajuda muito o filme a fotografia e a trilha sonora. Aumentam o clima da solidão no meio do multidão. Em não poucos momentos este filme me lembrou "Encontros e Desencontros" ("Lost in Translation", 2003), o filme de Sofia Coppola. A propósito, ambos com a participação de Scarlett Johansson. Enfim, um filme interessante e triste. Interessante, triste e que vale a pena ser visto. 28/02/2014.

Diário - cinema - Robocop

Diário - cinema - Robocop O filme "Robocop" atualmente em cartaz aqui em Porto Alegre é uma nova versão da história de 1987, de mesmo nome. Outra versão, não refilmagem. As diferenças que começam pela própria polícia de Detroit, que em 1987 era uma corporação privada que "prestava serviços" para a cidade. Agora a polícia volta a ser estatal. E a OmniCorp é uma empresa fornecedora de equipamentos de guerra, que podem ser usados tantos pelas forças armadas dos Estados Unidos, quanto pela polícia. É nesse contexto que o filme se mostra muito mais um filme filosófico que um filme de ação. Há cenas de ação, mas muito menos que se poderia esperar de um filme como "Robocop". As questões filosóficas são várias: quais os limites éticos da medicina? qual o papel de um robô numa guerra, ou no combate à criminalidade? o que nos faz humanos? qual a nossa responsabilidade em nossas ações, ou, talvez, existe livre arbítrio? E há a direção de

Regina Stela Contage Winter (09/12/1945 - 08/12/2013)

Regina Stela Contage Winter (09/12/1945 - 08/12/2013) Ontem recebi uma mensagem pelo correio eletrônico dando conta do passamento de Regina Winter. Não era uma mensagem inesperada, haja visto que ela padecia de um câncer no pâncreas há meses, e a situação ficava cada dia mais difícil. Não obstante, mesmo sem surpresa, uma situação assim não é sem dor, sem luto. Regina era uma cristã. Protestante. Evangélica. Batista. De família batista. Quando a conheci ela já era casada com Niander Winter. Pastor Batista. Foi um tempo em que eu estudava Teologia e cogitava de me tornar pastor de almas. Niander era reitor do Seminário Batista que existia em Porto Alegre naquela metade dos anos 1980. O Seminário continua existindo. E Regina fazia parte do corpo docente, ministrando aulas de pedagogia. Fui aluno dela nessa disciplina. Nessa época, a principal atividade do Pastor Niander era como reitor do Seminário, mas, eventualmente ele colaborava mais intensamente com alguma

Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi na Rússia terminam hoje

Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi na Rússia terminam hoje. Eu praticamente não assisti nenhuma competição. Mas foi legal que houvesse cobertura, principalmente na TV por assinatura. Assim, quem quis pode acompanhar as competições de curling, bobsleigh e patinação artística entre outras. O Brasil competiu para fazer figuração. Os próximos Jogos Olímpicos de Inverno deverão ser em 2018, em PyeongChang, na Coreia do Sul.

Jovem e Bela

Jovem e Bela Este é um texto com comentários sobre o filme "Jovem e Bela" ("Jeune et Jolie", França, 2013), do diretor François Ozon, estrelado por Marine Vacth. Este comentários abordam aspectos diversos do filme, incluindo diversas cenas, que podem atrapalhar o seu prazer de ver o filme. "Jovem e Bela" é um filme sobre uma jovem que após deixar de ser virgem, resolve se prostituir. O primeiro relacionamento sexual dela se dá com um flerte com um rapaz alemão, durante as férias de verão, numa praia, onde esta jovem, Isabelle, está com a família. Neste caso, ela de fato instrumentaliza o relacionamento com o rapaz com o fim de deixar de ser virgem, pois ela não demonstra nenhum grande afeto por ele. Após o fim das férias de verão, de volta a Paris, ela começa a se prostituir. O filme não oferece respostas diretas. Insinua, por exemplo, que ela gostasse de sexo. Mas, a princípio, a maioria dos seres humanos gosta de sexo. Em de

Sarah Brightman em Porto Alegre, um show pode provocar lágrimas

Sarah Brightman em Porto Alegre, um show pode provocar lágrimas "I am your shadow I am your rain I am your lonely, a little of your pain I am red I am blue I am your angel I am in you Angel..." Com esta canção, Sarah Brightman iniciou o seu show em Porto Alegre, no Teatro do SESI, no final do ano passado. E assim, escorreram pelo meu rosto algumas lágrimas. O Teatro do SESI fica nos arrabaldes de Porto Alegre. Ou não. A região metropolitana de Porto Alegre já conta com verdadeiras conurbações. No eixo da BR116, na prática, Porto Alegre, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo já são uma só cidade. Talvez se possa acrescentar Estância Velha e Sapiranga nessa conta. Assim como no eixo da Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, a cidade de Alvorada parece mais um bairro periférico de Porto Alegre. O Teatro do SESI fica assim, na Avenida Assis Brasil, quase na cidade vizinha de Cachoeirinha. E desde que foi inaugurado no final

Hell, com Bárbara Paz

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Hell, com Bárbara Paz A peça "Hell" é uma espécie de "tour de force" para a atriz Bárbara Paz exercitar seu ofício (a expressão "tour de force" é bem adequada aqui, uma vez que se trata da adaptação de um livro de uma autora francesa). Em cerca de uma hora e meia, a vemos falar por algo entre dois terços e três quartos do tempo da peça. O tempo restante fica para seu companheiro de palco, André Bankoff. Falar e se expressar por seu personagem. Esta expressão vem pelo fumar compulsivo, os trejeitos, como se estivesse diante do espelho em seu quarto, as constantes trocas de roupa em cena. Tudo isso para mostrar na peça "Hell", adaptação feita por Hector Babenco e Marco Antonio Braz, do livro homônimo escrito pela francesa Lolita Pille, a vida fútil e vazia, talvez algo desesperada, da juventude parisiense muito rica, na virada do século XX para o XXI. Babenco também é o diretor da peça. Vida fútil e vazia, algo desesperada.

Diário - cinema - 47 Ronins

Diário - cinema - 47 Ronins Ronin é a palavra japonesa para o samurai que perdeu o seu senhor, o seu patrão. O filme "47 Ronins" ("47 Ronin", Estados Unidos, 2013) narra a história de 47 ronins (como se poderia esperar) que desejam vingar a morte de seu senhor, morto após ser enfeitiçado, como parte de um plano de um adversário. O filme é levemente baseado na história real de ronins que se envolveram num plano de vingança no que poderia ser considerado o período feudal japonês. Este período feudal aconteceu após o contato com os portugueses, e da implantação do cristianismo no arquipélago no século XVI. No século seguinte, o país se fechou ao contato estrangeiro e proibiu o cristianismo. No período, que vai do século XVII ao XIX, o país foi dividido entre diversos senhores feudais. Lorde Asano era um desses senhores feudais, e o senhor dos samurais, que se tornaram ronins com a sua morte. O filme traz uma boa demonstração do código de honra

Diário - leituras - A trilogia Jogos Vorazes

Diário - leituras - A trilogia Jogos Vorazes Faz algum tempo, eu assisti o filme "Em Chamas" , segundo pedaço da trilogia "Jogos Vorazes", série de filmes baseada na série de livros escritos pela americana Suzanne Collins. Eu comentei  e o comentário não foi muito elogioso ao filme. Mais de uma pessoa me disse que talvez o meu juízo negativo a respeito do filme fosse por conta de eu não ter assistido o primeiro filme da série. Uma destas pessoas, um colega, me emprestou a série de livros de Suzanne Collins, para que eu pudesse fazer uma melhor avaliação. Os livros da série "Jogos Vorazes" narram um futuro apocalíptico, em que no território onde um dia existiam os Estados Unidos da América, existe agora um estado precário, onde uma capital, simplesmente chamada de "Capital", na costa oeste da América do Norte, tira seu conforto da exploração de recursos fornecidos por doze colônias, também espalhadas pelo antigo território dos