Diário - leituras - Max e os Felinos


Diário - leituras - Max e os Felinos


Li o livro "Max e os felinos" de Moacyr Scliar.

Trata-se de uma novela em três capítulos, que tem por protagonista Max Schmidt. No primeiro fala de sua infância, adolescência e juventude em Berlim, no segundo de sua viagem para o Brasil fugindo de uma perseguição nazista, no terceiro fala de sua vida no Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, e na serra na região de Caxias do Sul. Cada um desses capítulos vêm sob a égide de um felino, que pode ser tanto um demônio interior, quanto uma opressão que venha do exterior. Claro os significados hão de mudar, tanto quanto haja experiências de leitores que possam projetar-se dentro da história.

O volume ainda incorpora a reflexão de Moacyr Scliar sobre a polêmica por conta de uma certa inspiração (na melhor hipótese) ou plágio (na pior hipótese) do escritor canadense Yann Martel ter usado a história do Scliar, na verdade o capítulo 2 desta novela, para escrever seu livro "A Vida de Pi" ("Life of Pi").

O livro contém ainda um artigo da professora Zilá Bernd, onde ela tenta estabelecer os significados e os paralelos entre as obras de Scliar e Martel.

Dito tudo isso, certamente mudei eu, e mudou Moacyr Scliar. "Max e os felinos" certamente não me encantou como as obras de Scliar que li na minha adolescência e juventude. Estas foram "A guerra no Bom Fim", "Os deuses de Raquel" e "O ciclo das águas". Talvez fosse um bom teste, ler novamente uma dessas obras para conferir o que eu acho delas atualmente.

Não que “Max e os felinos” seja ruim. Apenas me parece que já li obras melhores de Moacyr Scliar.



SCLIAR, Moacyr. Max e os felinos. Porto Alegre: L&PM, 2009.



05/04/2013.


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