Diário - leituras - O Complexo de Portnoy


Diário - leituras - O Complexo de Portnoy



Li por esses dias o livro “O Complexo de Portnoy”, de Philip Roth. “Li por esses dias” é uma liberalidade minha comigo mesmo. Comecei a ler o livro, que não chega a ser muito volumoso, nem muito denso em fevereiro e terminei por agora. Foram diversas pausas entre o início e o fim. Não que o livro seja desinteressante, pelo contrário, um leitor dedicado haverá de ler este livro em poucos dias. Eu é que estava disperso mesmo.


“O Complexo de Portnoy” narra a história de Alexander Portnoy, um advogado estadunidense, de origem judaica, entrando na maturidade, na forma de uma espécie de consulta ao psicanalista. O título original, “Portnoy’s Complaint” poderia ser traduzido por “As Queixas de Portnoy”, ou mesmo “A Diatribe de Portnoy”, porque Portnoy reclama de tudo e de todos, o que torna o livro uma peça de humor.


Sim, porque se uma pessoa reclama de tudo e de todos, é sinal que ela é que possivelmente seja a desajustada.


As queixas de Alexander Portnoy começam com sua mãe, retratada como neurótica e opressora. Seu pai, meio omisso. As mulheres com quem se relaciona também neuróticas, começando por uma que ele chama carinhosamente de “Macaca”.


Mas é especialmente uma peça de humor judaico. A neurose de ser um judeu, a marcante autodepreciação, certa paranoia de ser sempre uma vítima em potencial dos “goyim”, isto é dos não judeus.


Certamente eu poderia falar muito mais deste livro, mas iria quebrar o prazer de potenciais leitores. É um livro com algum tempo já. Foi publicado pela primeira vez em 1967. Mas mantém seu frescor. Há momentos de sorrisos contrangidos, e momentos de sorriso mais solto ao ler o livro. Eu recomendo.



ROTH, Philip. Portnoy’s Complaint. New York: Bantam Books, 1972.



27-08-2013.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Poemas de Abbas Kiarostami na Piauí de Junho/2018

Sessão de Autógrafos - A Voz dos Novos Tempos

Feliz aniversário, Avelina!