Luiz Gama e a Escravidão Brasileira


Luiz Gama e a Escravidão Brasileira



Por conta do relativo sucesso do filme “12 Anos de Escravidão”, a Folha de São Paulo publicou textos neste sábado, 08/03, lembrando o brasileiro Luiz Gama.


Nascido em 1830, na Bahia, e livre, Luiz Gama teria sido vendido pelo próprio pai no mercado de escravos em São Paulo.


Tendo aprendido a ler com um hóspede de seu senhor, conseguiu os papéis que comprovariam a sua liberdade, se tornou um militante do abolicionismo, inclusive atuando em processos junto à justiça da época, apesar de não ter sido formado em Direito.


O filme, levantando a questão se tais coisas teriam acontecido também no Brasil (sim, provavelmente aconteceram e em maior escala. Vieram muitos mais cativos para o Brasil, que foram para o sul dos Estados Unidos), trouxe à tona o nome do brasileiro, cujo conhecimento estava restrito aos pesquisadores de história do direito e de história da escravidão no Brasil.


São pequenos textos que relembram um pouco de Luiz Gama.



08/03/2014.

Comentários

  1. Li em algum lugar outro dia, que a academia resolveu indicar 12 anos simplesmente para seguir o politicamente correto. Pelo oportunismo é válido mostrar um pouco mais de história do Brasil para os brasileirinhos. Aliás, toda a história anterior a canetada da princesa Isabel seria interessante mostrar - 17 anos antes desse ato, fazendeiros já estavam assinando alforria e o ato só veio para oficializar aquilo que no cotidiano das fazendas já era conhecido.
    Tem um busto de Luís Gama no Largo do Arouche em São Paulo e nele está escrito além do seu nome, o apelido de “Orfeu de carapinha” e logo abaixo “Por iniciativa do progresso / Homenagem dos pretos do Brazil” - Eu estava lá em Agosto de 2012 quando aconteceu uma homenagem pelos anos de sua morte, então não acho que seja por causa de '12 anos' que estão lembrando dele. Talvez a Ana Gonçalves tenha tido uma inspiração no passado, pois ela pesquisa muito antes de publicar.
    No dia dessa homenagem, haviam muitas revistas "Veja" sendo doadas entre os participantes, pois ela fez um encarte enorme sobre Luis Gama.
    O pai de Luis Gama era um fidalgo português com a criola Luiza Mahin (personagem do livro de Ana Gonçalves "Um defeito de cor") que o vendeu para quitar uma dívida de jogo. Ele era um oportunista que se envolveu com Luiza por causa do seu envolvimento com o levante dos malês, que se fosse vitorioso, Luiza seria reconhecida como a "Rainha da Bahia".
    Muitos personagens do nosso Brasil para se conhecer, não é mesmo?
    Beijus,

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