Diário - cinema - Godzilla


Diário - cinema - Godzilla



Godzilla (Estados Unidos, 2014), nesta sua versão 2014, é a enésima história sobre o lagarto gigante que surge para aterrorizar a humanidade. A segunda versão dos Estados Unidos nos últimos 20 anos.

É interessante fazer um contraponto com a versão mais recente vista, a de 1998, com Matthew Broderick como protagonista. Naquela versão, um monstro (ou dois) surge em decorrência de uma mutação causada pelas explosões atômicas no Oceano Pacífico. Ou seja, de quebra, o filme serviu para demonizar a França, que realizou testes com armas nucleares no Pacífico em meados daquela década de 1990.

O bicho de 1998 era um tanto quanto sem personalidade, mal e mal aparecendo. No filme víamos mais seus efeitos, isto é, as destruições causadas, que o bicho propriamente dito.

A versão de 2014 de Godzilla honra a tradição japonesa dos filmes de monstros gigantes. De Godzilla aparecem uma barbatana aqui, uma pata ali, até que o bicho aparece em toda a sua plenitude.

E o filme honra mesmo a tradição de filmes japoneses de monstros. Ver este filme foi um relembrar de filmes de monstros japoneses que passavam na televisão quando eu era criança na década de 1970, inclusive versões prévias do próprio Godzilla. Mas também foi relembrar das versões do Ultraman que passavam por aqui na década de 1970, ou mais recentemente do herói Jaspion.

E este filme tem também uma pegada ecológica. Godzilla não aparece para destruir a humanidade, mas para caçar algum eventual inimigo natural dele. O fato de deixar um rastro de destruição é um efeito colateral, não um objetivo desejado.

E temos a tradição de cidades destruídas. Se nos filmes japoneses é Tóquio que é repetidamente destruída, nesta versão americana, sobra para Honolulu, Las Vegas e San Francisco.

Há vários sustos.

Enfim, um filme divertido, que há de satisfazer quem viu aqueles velhos filmes japoneses e também a quem gosta dos atuais filmes de aventura.



19/05/2014.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Poemas de Abbas Kiarostami na Piauí de Junho/2018

Sessão de Autógrafos - A Voz dos Novos Tempos

Feliz aniversário, Avelina!