Diário - cinema - Até que a Sbórnia nos Separe


Diário - cinema - Até que a Sbórnia nos Separe


"Até que a Sbórnia nos Separe" (Brasil, 2013) é um filme de animação baseado livremente no espetáculo "Tangos e Tragédias" que se apresentou por trinta verões no Teatro São Pedro, em Porto Alegre. O espetáculo só parou por conta da morte repentina do músico Nico Nicolaiewsky, levado por uma leucemia fulminante. Tem direção de Otto Guerra e Ennio Torresan Júnior.


O filme conta a história da Sbórnia, a ponta de uma península, ou como diz a narrativa do filme, uma ilha ligada ao continente sulamericano por um istmo, onde seus moradores vivem com seus hábitos peculiares: gostam de música, dormem pendurados pelos pés, torcem fanaticamente nos jogos de machadobol, e sorvem uma bebida feita com uma erva chamada bizuwin.


A ilha passará por muitas mudanças quando a grande muralha que a separa do continente ruir. O bizuwin se tornará objeto da cobiça do capitalista Gonçalo Delacroix. E Pletskaya se cairá de amores por Clocliquot, filha de Delacroix.


Destaque para os músicos Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky, que na animação fazem seus papeis de Kraunus e Pletskaya.


A animação foi exibida em 3D, mas me parece que seria melhor para os espectadores que fosse em 2D mesmo. O 3D não melhora muito o filme, e aumenta o preço dos ingressos.


Para nós, porto-alegrenses, é um filme que invoca afetos. O machadobol é uma clara invocação do nosso Grenal. O bizuwin remete à nossa erva-mate. E, claro, temos a lembrança de Nico Nicolaiewsky, que se foi antes do quando pudéssemos esperar.


Por tudo isso, um filme que merece ser visto. Especialmente pelos porto-alegrenses.


03/11/2014.

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