Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2015

Assistindo o Oscar 2015

Assistindo o Oscar 2015 Fiquei assistindo a entrega do Oscar, edição de 2015. O de sempre. Umas piadinhas, algumas músicas. Nas principais premiações, Melhor Atriz para Julianne Moore, por “Still Alice”; Melhor Ator para Ed Redmayne, por “A Teoria de Tudo”; Direção para Alejandro Iñarritu, por “Birdman”; e melhor filme para “Birdman”. Hollywood adora uma metalinguagem, e espelhos. Mas eu gostei mesmo que o documentário “Citizen 4”, de Laura Poitras, sobre o vazador de informações Edward Snowden tenha ganhado o Oscar. Faz algum tempo eu havia comentado aqui como haviam ficado as coisas nos Estados Unidos, desde o Governo George W. Bush, e de como Laura Poitras era constantemente constrangida quando passava pelos aeroportos da América (“land of the free”, como diz o hino), segundo reportagem publicada na revista Piauí, edição de setembro de 2013. Parece que a Academia de Hollywood resolveu premiar alguém que, de fato, luta pela liberdade de expressão. Ah sim

Diário - cinema - Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) - versão dois: comentando detalhes

Diário - cinema - Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) - versão dois: comentando detalhes Atenção: pode conter "spoilers", embora o final não seja revelado. Já se vão alguns dias desde que assisti o filme "Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)" ("Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)", Estados Unidos, 2014), com direção de Alejandro Iñarritu. Neste filme, Michael Keaton vive Riggan Thomson, ator que ficou muito conhecido na década de 1990 por ter encarnado "Birdman", personagem principal de uma trilogia de filmes de super-herói, e que agora está envolvido na produção teatral de uma peça do dramaturgo Raymond Carver. A peça se chama "What We Talk About When We Talk About Love", algo como "Sobre o que estamos falando quando falamos de amor". É uma espécie de tentativa de reinício para Thomson, e ele vai fundo, é produtor, diretor e ator principal na montagem da peça. E ele está ga

Diário - cinema - Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)

Diário - cinema - Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) Já se vão alguns dias desde que assisti o filme "Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)" ("Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)", Estados Unidos, 2014), com direção de Alejandro Iñarritu. Neste filme Michael Keaton vive Riggan Thomson, ator que ficou muito conhecido na década de 1990 por ter encarnado "Birdman", personagem principal de uma trilogia de filmes de super-herói, e que agora está envolvido na produção teatral de uma peça do dramaturgo Raymond Carver. A peça se chama "What We Talk About When We Talk About Love", algo como "Sobre o que estamos falando quando falamos de amor". É uma espécie de tentativa de reinício para Thomson, e ele vai fundo: é produtor, diretor e ator principal na montagem da peça. E ele está gastando suas economias nisso, de maneira que uma falência pessoal é algo muito possível. Além disso ele tem que lida

Indo Assistir ao XLIX Super Bowl no Cinema

Indo Assistir ao XLIX Super Bowl no Cinema No dia primeiro de fevereiro, tive oportunidade de assistir no cinema à 49ª Edição do Super Bowl, a superfinal do campeonato de futebol americano, realizada no estado do Arizona. Nesta edição do Super Bowl, New England Patriots e Seattle Seahawks se enfrentaram. Para quem não conhece o futebol da bola oval bicuda, cujos jogadores usam capacetes com grades de proteção facial e ombreiras, funciona assim: a NFL - National Football League é composta por duas associações, a conferência americana (“AFC” ou “American Football Conference”) e a conferência nacional (“NFC” ou “National Football Conference”), cada uma tem dezesseis times, que jogam entre si na temporada que dura de setembro a janeiro. Cada uma das conferências tem um campeão, e estes campeões jogam entre si na final (a "superfinal"), conhecida como "Super Bowl". Um jogo de futebol americano é composto de quatro períodos de 15 minutos. Se a bola sai, ou

Lupi, O Musical - Uma Vida em Estado de Paixão

Imagem
Lupi, O Musical - Uma Vida em Estado de Paixão . . Dia 31 de janeiro, estivemos no Theatro São Pedro, aqui em Porto Alegre, para assistir à peça "Lupi, o Musical". Trata-se de uma peça musical que aborda a vida e obra do compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues, que fez sucesso principalmente nos anos 1940 e 1950, embora até hoje canções suas sejam regravadas. Posso lembrar regravações recentes de Adriana Calcanhotto, ou de Thedy Correa. Na peça há um momento em que o personagem Lupicínio comenta que a rádio que ele está, só o está entrevistando porque Caetano Veloso havia recentemente gravado uma versão da música dele, "Felicidade". Então o musical aborda a vida, mas principalmente a obra de Lupicínio. Entre os destaques, o nascimento em uma noite de tempestade, sendo o primeiro menino da família. O serviço militar em Santa Maria, interior do Rio Grande do Sul, onde, segundo a peça, teve seu primeiro grande amor. A parceria, e depois rivalidade

25 anos hoje - relembrando a morte de meu pai

25 anos hoje - relembrando a morte de meu pai Foi em 1990, 4 de fevereiro. Eu tinha pouco tempo de casado, menos tempo ainda de paternidade. Tinha vinte e poucos anos. Na minha cabeça, era um final de semana. Fazia pouco mais de dois anos que meu pai havia sido diagnosticado com câncer de pele, melanoma. A primeira cirurgia havia sido para extirpar um tumor no calcanhar dele, um tumor que aparentemente era do tamanho de meia bola de pingue-pongue. Os médicos também retiraram gânglios das virilhas dele. Minha mãe demorou a contar sobre o diagnóstico. Inventou para mim uma improvável infecção fúngica que estava consumindo o calcanhar de meu pai. Tempos depois meu pai ainda passaria por mais dois procedimentos, para retirada de pequenos tumores que apareceram no rosto, e nas costas. Apesar do diagnóstico, e do prognóstico ruim, afinal este era um câncer de pele dos mais agressivos, nos primeiros tempos não parecia que a vida ou o humor de meu pai tivessem m

Uma queda

Uma queda Porto Alegre, verão de 2015 - ou seria de 2014-2015, já que o verão no hemisfério sul começa em um ano e termina no ano seguinte, a exemplo do inverno no hemisfério norte de nosso planetinha? Não importa. É fevereiro, e eu estou contando os dias para as minhas férias. Vou para o trabalho, na Praça da Alfândega, numa repartição ali perto. Venho da zona sul da cidade. Deixei a lotação numa travessa da Salgado Filho e vim, tranquilo, escutando música no celular. De repente, na Rua da Praia, quase esquina da Ladeira, começo a ouvir o som de algo despencando, como se algo (um pedaço da fachada?) estivesse caindo de um desses prédios altos aqui. E então o susto. Não era um pedaço da fachada. Era o corpo de uma mulher. Uma mulher jovem, não mais de trinta anos. Roupas claras. A bolsa cai mais adiante. O corpo fez um impacto seco no chão. Fica todo desconjuntado. A cabeça com o rosto virado para o lado. Não há uma grande hemorragia. Não se forma uma poça de s

As Páginas do Diário do Centro do Mundo são um horror!

As Páginas do Diário do Centro do Mundo são um horror! Mas não se engane, eu gosto delas. Eu gosto do conteúdo exposto nas páginas do Diário do Centro do Mundo , as quais costumam dar pontos de vista diferentes dos da mídia familiar-burguesa do Brasil sobre os assuntos do momento. A midia familiar-burguesa é conhecida: Folha de São Paulo e UOL (família Frias); jornal O Estado de São Paulo (família Mesquita); Editora Abril e revista Veja (família Civita); jornal O Globo, revista Época, e TV Globo e suas afiliadas (família Marinho). São secundados por grupos menores, regionais, como o grupo RBS no sul do Brasil, com retransmissoras da TV Globo e uma série de jornais o impressos, sendo os principais Zero Hora no Rio Grande do Sul, e Diário Catarinense em Santa Catarina (familia Sirotski). Um dos assuntos do momento são os desvios na Petrobrás, assunto sentido de forma quase abstrata pela população, mas bastante explorado por essa suposta grande mídia, e causador de grande

Quem tem razão no trânsito?

Quem tem razão no trânsito? - Vocês viram? Não. Nós não tínhamos visto. Éramos quatro, Peter, Joe, Claude e Xandi, mas apenas um prestara atenção ao acontecido, o Peter. Talvez porque o resto de nós estivesse distraído olhando para uma moça loira, com saia curta e tomara-que-caia logo a nossa frente... - O que houve? - eu perguntei. - O táxi, quase atropelou o cara que estava atravessando a rua ali na esquina. A rua era a rua que estávamos - nos dirigíamos a um restaurante, intervalo de almoço - a General Câmara. A esquina era com a Avenida Mauá, uma das mais movimentadas do centro de Porto Alegre. E o acontecido, segundo o Peter: como muita gente que circula por ali, um pedestre resolveu atravessar a rua, a General Câmara. Um taxista vinha da Avenida Mauá, quase atropelou o pedestre, e meteu o dedo na buzina. O pedestre, com bastante razão, apontou para a faixa de segurança. Há uma bem clara naquela esquina. O motorista encolerizado acelerou e quase atrope

Vou me Embora pra Porto Alegre

Vou me Embora pra Porto Alegre Vou me embora pra Porto Alegre Lá conheço o prefeito É ele o maior prefeito Que o município já teve Vou me embora pra Porto Alegre Vou me embora pra Porto Alegre Lá no verão a gente sua Sua em bicas, sua em cântaros Sua tanto no verão, que já aconteceu de vivente Querer andar peladão Lá tem a Ponta do Gasômetro Onde a gente pode se exercitar Correr e fazer ginástica E andar de bicicleta E depois de bem suar Tem duchas pra se refrescar E quando estiver cansado Tomo táxi, vou pra casa Tomo banho, e vou pro shopping, Com ar condicionado E cinema pra me distrair Vou me embora pra Porto Alegre Em Porto Alegre tem tudo É outra civilização Tem as obras da Copa Que pra Copa de 2014, não ficaram prontas não Tem operadoras de telefonia Que te oferecem o mundo Mas que quando queres cancelar o plano Fazem ouvidos surdos Tem cannabis nas praças Pra quem quiser respirar Prostitutas e prostitut