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Mostrando postagens de abril, 2015

Para não esquecer Eduardo Fösch dos Santos

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Para não esquecer Eduardo Fösch dos Santos Hoje estive em uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa, aqui do Rio Grande do Sul. Era mais uma manifestação para manter viva a memória de Eduardo Vinicius Fösch dos Santos, um jovem, filho de pai negro e mãe branca, mulato portanto, de tez negra, negro portanto, falecido muito prematuramente após uma festa em um condomínio chique na zona sul de Porto Alegre. Voltaremos a isso. A manifestação reuniu amigos de Dudu, como ele era carinhosamente lembrado, mais parentes e amigos dos pais. Cerca de 100 pessoas. A manifestação foi marcada para aquele local, pois a família iria entregar à Comissão de Cidadania e Direitos Humanos um pedido para acompanhar o inquérito que apura responsabilidades pela morte do rapaz. A manifestação estrangulou o trânsito na Rua Duque de Caxias. Uma faixa denunciava o caso de um menor de idade ter sido assassinado num condomínio de alto padrão na zona sul da cidade. E os m

Fim do Folhetim de Oscar Bessi - "Leão nas Dunas"

Fim do Folhetim de Oscar Bessi - "Leão nas Dunas" Pois chegou ao fim o folhetim, a novela em capítulos publicada em um blogue na Internet, "Leão nas Dunas". Como eu disse, não é uma obra prima, mas é divertida, e prende a atenção. O autor teve a inteligência de criar capítulos curtos, divulgando a obra ao ritmo de um capítulo por dia. Qualquer porto-alegrense vai logo se identificar a história, com aquele início meio bizarro, de um detetive particular investigando um caso de adultério, e quase sendo assassinado logo no início da história, e isso num final de ano, provavelmente no final de 2014, e início de 2015. E logo este detetive tem um novo contrato de investigação, de roubo de um notebook no litoral, na cidade de Tramandaí. E quem for um pouco mais velho, vai ficar impressionado que Edgar Leão, o personagem principal, em pleno século XXI viaje para o litoral num Ford Maverick, um automóvel presumivelmente com mais de quarenta anos. Le

E morreu Eduardo Galeano...

E morreu Eduardo Galeano ... E morreu Eduardo Galeano. O escritor uruguaio tinha 74 anos e sofria de um câncer que, afinal, o levou. Sua obra "As Veias Abertas da América Latina" se tornou um clássico do pensamento esquerdista na América do título, e mesmo para além dela. Por exemplo, a obra ficou entre as dez mais vendidas na Amazon , depois que o então líder venezuelano, Hugo Chavez, deu um exemplar a Barack Obama, em 2009. Eu a li faz não muito tempo ... Contudo, nos necrológios publicados hoje, é informado que o autor estava enfadado da sua obra mais famosa. Diz que se a tivesse que ler novamente, desmaiaria morto, possivelmente de tédio. Pois é, mudou o homem, mudamos todos. Mas, infelizmente esta obra, “As Veias Abertas da América Latina”, continua atual, apesar de seus mais de 40 anos desde a primeira publicação. Mas Galeano foi escritor de várias obras, um contador de histórias, que publicou mais coisas sobre a América Latina, e também so

Diário - teatro - Stomp

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Diário - teatro - Stomp . . O grupo britânico Stomp está em Porto Alegre para apresentar seu show. Eu coloquei "teatro" no título deste texto, mas o show é basicamente de música e dança. Uma música bastante básica, primitiva, somente percussão e ritmo, mas bastante envolvente, empolgante mesmo para parte da audiência. E a peculiaridade deste grupo é que eles extraem a sua música de objetos comuns do nosso cotidiano, além do próprio corpo. Isto é, os ritmos são compostos de palmas, sapateado, estalar de dedos; e da batida de vassouras, panelas, caixas de fósforo, latas de todo tamanho, toneis de metal ou de plástico. Mesmo de sacos plásticos e de carrinhos de supermercado os componentes do grupo extraíram ritmo. E talvez o mais surpreendente tenha sido o aparecimento no palco de pias de cozinha, sempre gerando esta música primitiva. Tudo com muita dança (os artistas devem ter um grande dispêndio de energia durante o show), e temperado com algumas es