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Mostrando postagens de maio, 2015

Sábado de outono, mas ainda parecia verão

Sábado de outono, mas ainda parecia verão Então é assim: precisamos ir ao centro acertar aquele vale-compras de material de construção que vai vencer. Vamos. A loja fecha azuma da tarde. Convém não dormir demais. Ok. E lá fomos nós. Entramos na loja em horário ainda adequado. Trocamos o vale-compras por uns ventiladores de teto para colocar no apartamento novo. Foi o vale-compras e mais uns trocados, pedalados no cartão de crédito, afinal o que seria de nossa vida sem o crédito, não é mesmo? Tudo acertado com o vendedor Jerônimo. Vamos voltar para casa. Mas ela diz: vamos pegar o catamarã e ir a Guaíba, do outro lado do Rio Guaíba (que a turma agora inventou que é lago...)? Vamos. Por que não? E lá fomos, caminhando pela Júlio de Castilhos até o cais central, para pegar o catamarã para Guaíba. No caminho eu quis tirar fotos. Fotos da cidade. Os registros banais que fico repetindo e repetindo. Ih, mas o cartão de memória está quase cheio, preciso apagar algumas. Droga. Apago jus

Diário - Leituras - Papoulas Vermelhas, de Al Ai

Diário - Leituras - Papoulas Vermelhas, de Al Ai “Papoulas Vermelhas” é um romance ambientado na região fronteiriça entre o Tibete e a China, no leste daquele país. É narrado pelo filho mais jovem de um caudilho da região, que foi gerado pelo envolvimento de sua mãe com o chefe do clã Maichi, em um momento em que o chefe estava bêbado. Este filho mais jovem nunca é nomeado, como seu pai e seu irmão mais velho a propósito, e é tratado como um perfeito idiota. As orelhas do livro falam em romance épico, narrativa complexa, mas, sabe como é, a função das orelhas de livro, quando elas existem, normalmente é vender o livro e exaltar o autor. Neste caso, o autor Al Ai, é um tibetano de origem, radicado na China. As referências bibliográficas não informam o título original, afinal ainda não são muitas as pessoas que sabem ler ideogramas fora da China e do Japão. Há apenas a referência a publicação original em 1998. É um livro divertido, mas bastante esquemático. Principalmen

Último dia do horário de verão 2014-2015 em Porto Alegre

Último dia do horário de verão 2014-2015 em Porto Alegre O último dia do horário de verão 2014-2015 em Porto Alegre foi nublado! Verdadeiro anticlimax. Eu gostaria de ir ao parque e curtir o último pôr do sol. O último dia longo, com o sol sumindo no horizonte quando já passava de oito da noite (da noite?). Mas não. Nuvens no céu. Nuvens no horizonte. Sol encolhido. Sol tímido. Não faz mal. Bebi. Próximo da embriaguez. Estive no parque. Estive no xóping. Tomei café frio (e o café frio estava bom), comi sanduíches e torta em boa companhia, isto é, de minha mulher. Na cafeteria do xóping pude observar um senhor que deu várias voltas por ali. Pelo menos umas três. Rodeava a escada rolante. Subia a escada rolante. Não sei porque me chamou a atenção aquele velho senhor. Talvez pelas roupas mais formais, camisa de manga longa no verão, calça social, óculos, cabelos com gel, por volta de setenta anos aparentemente. Nunca saberei quem é. Mas pude reparar na presença dele na

Diário - cinema - Velozes e Furiosos 7

Diário - cinema - Velozes e Furiosos 7 Eu devo ter visto alguns filmes da série "Velozes e Furiosos". Vi o primeiro, devo ter visto o segundo e o terceiro. E acho que parei por aí. Automóveis possantes e corridas ilegais nas ruas, eis o assunto, com alguma outra coisa colateral. Assim, perdi as sequências número 4, 5 e 6. E na falta de coisa melhor no cinema próximo de casa, acabei por ir assistir esta sequência, a número 7. Uau! A coisa ficou meio excessiva. Antes, o pessoal era o desajustado, o rebelde. Agora se tornaram, por assim dizer, "agentes da lei". E tem o bandido, quer dizer, o bandidão! Pois é. O bandido, Deckard Shaw (vivido por Jason Statham), é tipo um superbandido. A cena inicial do filme é ridícula. O estrago deixado para trás por Deckard só poderia ser feito em outra circunstância por um grupo de mutantes do mal dos X-Men... Fui obrigado a rir no final da cena. Será que era essa a intenção do diretor e do roteirista?

Diário - filmes - Stalingrado, A Batalha Final

Diário - filmes - Stalingrado, A Batalha Final Neste final de semana, dia 16/05, vi um interessante filme sobre a Segunda Guerra Mundial. Trata-se de uma produção alemã, de 1993, e foi exibido pela TV Brasil. Como o nome indica, o filme trata da Batalha de Stalingrado, travada entre tropas alemãs e seus aliados, na invasão da União Soviética. Esta batalha aconteceu no final de 1942 e início de 1943. Foi a maior batalha entre alemães e soviéticos no front oriental da Europa, e marcou o avanço máximo do exército alemão naquela região, e inclusive se tornou a primeira grande derrota do exército alemão na Segunda Guerra. Entre mortos e feridos, a União Soviética perdeu mais de um milhão de pessoas naquela batalha, no caso da Alemanha e seus aliados (havia tropas italianas, romenas, húngaras e croatas junto ao exército alemão), foram mais de 850 mil mortos e feridos. O filme acompanha um grupo de soldados, de um batalhão que lutou lá. É um filme diferente, pois os prota

Veranico de Maio - versão 2015

Veranico de Maio - versão 2015 O "veranico de maio" está aí. Talvez pudéssemos chamar de "primaverica de maio"... Faz dias que estamos com termperaturas amenas, amanhecendo entre 18 e 20oC, com máximas de 25 ou 26oC no início da tarde. Comentei isso com uma colega esta semana, e perguntei se chegamos a ter dias frios desde que começou o outono, dia 20 de março. Ela respondeu que acendeu a lareira em pelo menos dois dias, desde então. Deve ser. De qualquer maneira, até agora é um outono que não assusta. Ameno, talvez com um pouco mais de chuva. Quem é mais prevenido até carrega um casaquinho, mas raramente o veste. E assim, vamos. Em Porto Alegre. Falta um mês para o início do inverno austral. 21/05/2015.

Olho por Dente

Olho por Dente Michel Laub volta ao assunto do linchamento moral virtual, assunto que comentei aqui (“A Vida por um Tuíte - http://novasvoltasemtornodoumbigo.blogspot.com.br/2015/05/leituras-na-piaui-destaques-na-edicao.html ), entre os assuntos interessantes da edição de março de 2015, da revista Piauí. O título deste texto é copiado do artigo de Laub na Folha de São Paulo . Ele começa por contextualizar a lei de talião do Código de Hamurabi - e repetida pelo Pentateuco -,  "um olho por um olho, um dente por um dente". Segundo Laub, em tempos pré cristãos não era incomum, que a vingança por um assassinato, resultasse no massacre de todo um clã, ou que o roubo de um boi, fosse pago com um assassinato. Talvez ele não tenha usado estas palavras, mas acho que a ideia é por aí. Então, naquele tempo a lei de talião era uma lei de moderação. Um roubo é pago com o reembolso de algo equivalente ao produto roubado, e um assassinato pode ser vingado com outro assassi

Justiça julga improcedente ação do Ministro Gilmar Mendes contra o jornalista Rubem Valente

Justiça julga improcedente ação do Ministro Gilmar Mendes contra o jornalista Rubem Valente A notícia é da Folha de São Paulo . O juiz Valter André de Lima Bueno Araújo, da 15ª Vara Cível do Distrito Federal, julgou improcedente a ação do Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, no sentido de requerer indenização, pelo relato do jornalista Rubem Valente, no livro "Operação Banqueiro". Segundo o jornal, o Ministro Mendes alega que o livro “ataca sua imparcialidade, distorce sua biografia e deturpa o julgamento do habeas corpus a favor do banqueiro Daniel Dantas, investigado na operação”. Na sentença é declarado que "não foi demonstrada a divulgação de informação falsa ou o intuito difamatório nos trechos relacionados na inicial, não sendo o caso, portanto, de acolher a pretensão do autor". A reportagem da Folha de São Paulo informa que o advogado do Ministro Mendes deverá recorrer. O livro foi comentado aqui no blog , inclusive

Leituras na Piauí – abril / 2015 – O Impostor

Leituras na Piauí – abril / 2015 – O Impostor A revista Piauí de abril de 2015 tem um texto que achei muito singular. É o texto "O Impostor" (a chamada de capa menciona "O Falso Rockfeller"), escrito pelo jornalista Walter Kirn, onde ele relata como manteve uma relação de cerca de dez anos com um homem que disse se chamar Clark Rockfeller, alegando ser parte da família Rockfeller , aquela de bilionários do petróleo, das finanças, e do Governo dos Estados Unidos. Na verdade, ao longo da reportagem, Walter Kirn relata como veio a descobrir que o homem era um estelionatário, e possivelmente mesmo um assassino, que teve vários nomes ao longo de sua vida de golpes. Curioso mesmo é o tom, do que eu chamaria de "autorreportagem", que Kirn relata ao longo do texto. Do seu primeiro contato com "Clark" através do telefone. Da missão que ele se incumbiu de levar uma cadela aleijada, do interior do estado do Montana, para a cidade de Nov

Leituras na Piauí – destaques na edição de março / 2015

Leituras na Piauí – destaques na edição de março / 2015 Desde agosto eu não comentava nada sobre as edições da  revista mensal Piauí . Pois na  edição de março/2015 , houve umas três ou quatro matérias que me chamaram a atenção. A Vida por um Tuíte Uma, "A vida por um tuíte", de Jon Ronson, comenta os infortúnios de Justine Sacco, uma americana que foi alvo de um linchamento moral, que se tornou um furação na vida dela. Que tal? O que você diria de uma declaração assim no Twitter: "Partindo para a África. Espero não pegar AIDS. Brincadeirinha. Sou branca."? Eu li e achei uma bobagem, sem sentido, nem consequência. Já meu filho disse que pareceu racista. Não só meu filho. Muita gente achou racista, e começou um linchamento moral internético sobre a mulher. De tal forma, que a empresa em que ela trabalhava foi confrontada, e ela acabou demitida por SMS. Ela fez uma longa viagem, dos Estados Unidos para o Reino Unido, e de lá, para a África do Sul.

Diário - cinema - Vingadores, Era de Ultron

Diário - cinema - Vingadores, Era de Ultron "Vingadores: Era de Ultron" ("Avengers: Age of Ultron", Estados Unidos, 2015) é o mais recente filme lançado da franquia dos Vingadores. É um pouco mais do mesmo, isto é, correrias, brigas e explosões enquanto comemos pipoca e bebemos refrigerante. Senão vejamos, anteriormente tivemos um filme dos Vingadores (2012), três filmes do Homem de Ferro (2008, 2010 e 2013), dois do Capitão América (2011 e 2014), e dois do Thor (2011 e 2013). E temos dois filmes do Hulk, um pouco mais fora do contexto dos Vingadores (estrelados por Eric Bana, em 2003, e Edward Norton, em 2008, enquanto que o "Hulk" dos Vingadores é Mark Ruffalo). Quase todos fantasias para nos distrair de nossa existência banal. O que fica destes filmes? O mais significativo destes filmes, na minha opinião foi o primeiro Capitão América, onde, o supersoldado, fruto de uma experiência biológica, é colocado como propaganda da máquina de g