Diário - cinema - Terremoto: A Falha de San Andreas


Diário - cinema - Terremoto: A Falha de San Andreas


Tempos atrás eu vi um filme em que o protagonista era um pai de família recém separado, que gostaria que a separação não tivesse ocorrido. Sua mulher se envolve com outro cara, melhor de vida financeiramente. Diante de uma catástrofe natural, ele faz tudo o que lhe é possível para salvar sua família, e tentar reconquistar sua mulher. Era Jackson Curtis, interpretado por John Cusack no filme "2012" (“2012”, Estados Unidos, 2012). É Raymond Gaynes, vivido por Dwayne Johnson neste "Terremoto: A Falha de San Andreas" ("San Andreas”, Estados Unidos, 2015).


E assim, lá vamos nós por mais um filme catástrofe. Pelo menos nesse caso não é o mundo todo que está acabando, apenas um pedaço da Califórnia, no sudoeste dos Estados Unidos. Não obstante o terremoto alcançar virtualmente todo o estado da Califórnia, o epicentro do terremoto é a cidade de San Francisco.

A trama parece verossímil. Faz tempo que os habitantes da costa oeste vivem assombrados pelo aparecimento do "grande tremor", que poderia inclusive transformar o que sobrasse da Califórnia em uma ilha.


A falha de San Andreas está lá. É onde se encontram duas placas tectônicas, que estão continuamente se atritando.


Tem os clichês do gênero, como cientistas em busca de meios de prever a catástrofe, que se sacrificam pela humanidade.


E o protagonista.


A grande ironia deste filme é que Raymond é um veterano de guerra, e um super bombeiro da cidade de Los Angeles, em uma equipe de resgate, que abandona qualquer responsabilidade inerente à sua função para ir atrás de sua filha, que está em San Francisco durante o cataclisma.


Apesar dos clichês, foi um filme razoável. As cenas de destruição são impressionantes, mas parecem factíveis. E de quebra há o fator humano. Achei muito tocante a cena em que um casal de idosos, na eminência do fim, se abraça.


Chato: as patriotadas. Bandeiras americanas a tremular ao vento logo após o aparente fim do terremoto. Uma das personagens pergunta algo como, "e agora? Que vamos fazer?" E a outra responde, "Vamos reconstruir!". Ok, então. Vamos!


Fora a patriotada, e apesar dos clichês, foi um filme razoável, dentro do que se pode esperar de um filme catástrofe.


16/06/2015.

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