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Mostrando postagens de agosto, 2015

Diário - cinema - Real Beleza

Diário - cinema - Real Beleza "Real Beleza" é o mais recente filme do cineasta Jorge Furtado. Trata de um fotógrafo, João, em meio a uma crise criativa, que parte em busca de um novo rosto que possa se destacar como modelo fotográfico. Esse fotógrafo é vivido por Vladimir Brichta. Entre tantas meninas, ele acaba achando que encontrou uma modelo de destaque em Maria (a estreante Vitória Strada). Como Maria é menor de idade, ela precisa da autorização dos pais para viajar com João e começar sua carreira artística. Anita (Adriana Esteves) é a mãe de Maria, que até incentiva a carreira da filha, mas Pedro (Francisco Cuoco), seu pai é contra. Pedro acha que a menina precisa concluir o ensino médio, e completar a maioridade para então começar a trabalhar. Além disso, João se envolve afetivamente com Anita. Pedro tem a peculiaridade de ser um literato, alguém muito apegado aos livros, o que é demonstrado pelo sobrado em que ele vive. Com livros espalhados por todo

Hanami em Canela e Gramado

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Hanami em Canela e Gramado . . . . Início de agosto, final do inverno. Bom momento para subir a serra e desfrutar dias de descanso. A região de Gramado e Canela, a mais ou menos 120 quilômetros de Porto Alegre é um polo turístico importante do Rio Grande do Sul. Além de relativamente próxima da capital, é um chamariz de turistas no inverno pela eventual ocorrência de queda de neve, além de ser uma região de belas paisagens. Além do fator climático e das belezas naturais, a cidade de Gramado abriga um tradicional Festival de Cinema. Tudo isso gerou uma importante infraestrutura para o turismo. Há diversos hotéis e pousadas, e mesmo os moradores menos afortunados fazem "puxadinhos" em seus imóveis na esperança de conseguir uma grana extra hospedando turistas. A gastronomia conta com diversos restaurantes. E como um negócio chama outro, outras atrações foram se instalando na região. Há parques, museus dos mais variados - de cera, do vapor

Diário - leituras - Enquanto Tempo (crônicas)

Diário - leituras - Enquanto Tempo (crônicas) PENZ, Rubem. Enquanto Tempo (crônicas) . Porto Alegre: BesouroBox, 2013. "Enquanto Tempo" é um livro de crônicas, de Rubem Penz. Eu fui aluno de Rubem Penz em uma das diversas oficinas literárias de criação de crônicas que ele ministra aqui em Porto Alegre. Assim, não se espere um comentário muito crítico aqui. Não que este blogue seja muito crítico com quem quer que seja... Mas enfim, o livro foi adquirido do próprio autor, e serve como exemplo, quase como lição de casa para os alunos. São 34 crônicas em pouco mais de 100 páginas. Escritas ao longo do tempo (há, por exemplo, umas três ou quatro crônicas dedicadas a mães, provavelmente escritas tendo em vista a efeméride do Dia das Mães). Claro que numa obra assim, alguns textos são melhores que os outros. Eu gostei bastante de uma chamada "TOC de Bola", onde um jogador de futebol vai incorporando ritos de sorte à medida que vai cre

Diário - Leituras na Piauí - Junho/2015 - Doce Remédio

Diário - Leituras na Piauí - Junho/2015 - Doce Remédio Doce Remédio é uma das longas reportagens da revista Piauí, na edição 105, de junho de 2015 , onde o jornalista Michael Polan aborda a experiência com drogas psicodélicas como terapias para lidar com a angústia humana. Michael Polan é professor na Universidade da Califórnia, Berkeley, e o artigo foi originalmente escrito para a revista New Yorker. Ele começa seu relato falando de Patrick Mettes, um jornalista de 54 anos, com câncer nas vias biliares, e com a expectativa cada vez mais presente e angustiante da morte. Mettes leu um artigo no The New York Times, sobre experiências em diversas universidades com alucinógenos. A New York University, NYU, era uma delas, e ele se candidatou a participar do programa. A droga utilizada era a psilocibina, o princípio ativo dos chamados "cogumelos mágicos". A partir daí, Polan faz toda um inventário do uso das drogas psicodélicas, começando pelos anos 1950, passand

Inverno estranho

Inverno estranho Dias atrás eu havia decretado que o inverno de 2015 tinha acabado . Continuo achando que acabou mesmo. As altas temperaturas e os passarinhos cantando de madrugada, não me deixam mudar de ideia. O que eu não esperava eram as temperaturas absurdas que estamos tendo neste agosto de 2015. Porto Alegre costuma ser agraciada com temperaturas amenas, até quentes, no inverno. A expressão "veranico de maio" é consagrada por aqui, embora maio ainda seja outono. Também já constatamos temperaturas amenas em junho, já inverno, e mesmo em julho . Mas temperaturas acima de 30oC em agosto parecem meio exageradas. Foi o que tivemos nestes três últimos dias, sexta, sábado e domingo, isto é, 7, 8 e 9 de agosto. Um colega meu comentou em tom jocoso, que isso seria sinal que o Brasil se tornou um país desenvolvido, afinal, é só conferir, qual é a temperatura atual em Nova York, Paris ou Tóquio. Diz esse meu colega, que país desenvolvido tem calor

Um dia anormal

Um dia anormal Foi nesta segunda-feira, 3 de agosto. Na sexta-feira anterior, o governador decretou o parcelamento de salários a serem recebidos acima de dois mil reais líquidos (isso dá algo como quinhentos e setenta dólares no momento em que escrevo). Como consequência, quase metade do funcionalismo público estadual não recebeu seu salário integralmente, o que gerou indignação. Uma das materializações de parte dessa indignação foi a ameaça de associações de policiais da Brigada Militar (a polícia militar do Rio Grande do Sul) de não realizar o policiamento ostensivo nas cidades, como é praxe. Assim, essa segunda-feira foi um daqueles dias de colocar as barbas de molho. Prestar mais atenção no rádio sobre o que acontecia na cidade, conferir se o transporte público estava realmente funcionando. O transporte público funcionava, mas a companhia municipal de ônibus, a Carris, não operou pela manhã. Em “dias normais” o risco de assaltos e arrastões no transporte

Diário – cinema – Dromedário no Asfalto

Diário – cinema – Dromedário no Asfalto “Dromedário no Asfalto” é um filme, coprodução brasileiro uruguaia, sobre um homem que perdeu sua mãe, e parte em viagem para reencontrar seu pai. Seu trajeto vai de Porto Alegre a alguma periferia de Montevidéu no Uruguai. Pelo trajeto menos trivial, isto é, de Porto Alegre a Balneário Pinhal, e então, em direção ao sul, pela RST101, com direito a travessia de balsa entre São José do Norte e Rio Grande. Pedro é seu nome. Pedro faz sua viagem entre recordações e expectativas, e perscrutando o seu próprio ser. Lembranças da mãe, recordações mais fugidias do pai. E há o mar, este símbolo da vida e da morte, com seu ir e vir, seu fluxo contínuo. O tipo físico algo desajeitado do ator principal, Marcos Contreras, pode lembrar mesmo algo tão desajeitado quanto um dromedário trotando pelo asfalto. E são muitas as tomadas de Pedro caminhando (trotando?). Já vimos coisas semelhantes. Há vários filmes em que os protagonistas partem e

O inverno de 2015 acabou.

O inverno de 2015 acabou. Os passarinhos cantando na janela dos nossos apartamentos às duas da madrugada não nos deixam enganar: o inverno acabou. Já estamos na primavera de 2012, curtindo as delícias da meia-estação, mesmo que oficialmente a primavera só venha a iniciar no equinócio, que deve ficar lá pelo dia 20 de setembro, ou depois. Eu escrevi o parágrafo acima em 2012 . Era início de setembro, e eu informava que os passarinhos cantando de madrugada indicavam que o inverno acabara. Como em 2015, os passarinhos já estão cantando no início da madrugada. E estamos tendo altas temperaturas durante o dia. Me parece que o inverno de 2015 está acabando mesmo. O mais curioso é que estamos apenas no início de agosto. Só metade do inverno “oficial” passou. Desse inverno, o que se pode dizer é que teve poucos dias de frio (temperatura abaixo de 10oC), e nenhum dia de muito frio (temperatura abaixo de 5oC). Ou não? Houve muita chuva. Chuva que causou alagamentos no

"Food Trucks" no Parque Germânia

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"Food Trucks" no Parque Germânia . . Hoje à tarde, havia uma fileira de caminhões de "food truck" na entrada do Parque Germânia, pela Avenida Túlio de Rose (não vi se havia outros caminhões ou caminhonetes nas outras entradas do Parque). "Food Truck" é um pouco das velhas carrocinhas que vendiam lanches diversos, como cachorro-quente ou os nossos xis ("xises"? - xis, ou "x-burguer", ou "cheese burger", enfim, a língua é rica em formas para determinadas definições), só que com um pouco mais de sofisticação e preço mais elevado. Havia um caminhão para "burritos", isto é, comida mexicana, outro para café, outro para crepes, um para hamburguers, um para frango frito, e um para temakis. A princípio, no momento em que passei por ali, os mais movimentados eram o de burritos, talvez pelo ainda exotismo da comida oferecida, e o de café, acho que pelos produtos de preços mais acessíveis, embora ne

Hoje perdi uma câmera fotográfica

Hoje perdi uma câmera fotográfica Hoje perdi uma câmera fotográfica. Uma câmera da marca Vivitar, modelo Vivicam X029, provavelmente fabricada na China. Não sei exatamente como a perdi, mas deve ter ficado na lotação em que fui trabalhar. Eu imaginei que a havia colocado no bolso, para poder usá-la em seguida. Sei que desci da lotação, caminhei uns passos, e, quando fui buscar a tal câmera no bolso, não a encontrei. Nem a encontrei refazendo meus passos. O pior é que ela ia ficar em casa, mas como era um dia de inverno, com nevoeiro, eu a peguei. Muitas câmeras melhores acabam tendo dificuldade para fazer foco sob nevoeiro. Nesse ponto, a Vivitar X029 era simples e eficiente. Uma pena. Não que fosse uma câmera sofisticada, que tirasse fotos perfeitas. Longe disso. Ela se enquadrava mais no conceito de "toy cam", isto é, câmera de brinquedo. Para uma câmera digital, as imagens eram bastante toscas. E, de quebra, eu coloquei nos parâmetros da