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Mostrando postagens de dezembro, 2015

Pequeno Dicionário de Natal

Pequeno Dicionário de Natal Ano Novo - Celebração que ocorre em seguida ao Natal, o que faz com que muitas vezes, Natal e Ano Novo sejam mencionados juntos. Por exemplo, quando se enviava cartões de Natal, ou quando alguém resolve enviar um emeio. Também no início do Ano Novo, 6 de janeiro, é celebrado o Dia de Reis, quando se desmontam as Árvores de Natal e os presépios. Boas Festas - Uma maneira de desejar Feliz Natal e Feliz Ano Novo juntos. Ver "Ano Novo" Ceia - Refeição que se faz na noite da véspera do Natal. Costuma ter como prato principal uma ave, mais tradicionalmente um peru, mas hoje em dia também os superfrangos: chester, bruster ... Pode ser mais farta ou mais frugal, mais sóbria ou mais ébria. Dezembro - Último mês do ano, no qual é celebrado o Natal. Déjà vu - Você já viu um glossário como este. Dia de Reis - Tradicionalmente celebrado no dia 6 de janeiro. Estaria relacionado aos "magos do oriente" que levaram dádivas para

Petrov, o Dr. Pacheco, o Big Bang e o Chocotone

De: José Alfredo <JoseAR@emeio.com.br> Para: Antonio Prata <antonioprata@folha.com.br> Assunto: Petrov, o Dr. Pacheco, o Big Bang e o Chocotone Caro Antonio, Esta é a segunda vez que uso uma crônica sua como trampolim para minhas próprias divagações. Na primeira eu havia comentado como a violência da realidade nos afeta, e como, para alguns, a ignorância é uma bênção. Me desculpe por essas apropriações. Em sua crônica de domingo passado, 20/12/2015, você comenta de um marinheiro soviético chamado Arkhipov, e de como, ao recusar uma ordem de seu capitão, durante a Crise dos Mísseis em Cuba, em outubro de 1962, ele evitou uma hecatombe nuclear, e hoje podemos estar consumindo à vontade, em lugar de estarmos comendo insetos radiativos no fundo de uma caverna (não que a caverna fosse um destino inevitável num holocausto nuclear. Veja que duas infelizes cidades japonesas receberam bombardeios atômicos, foram reconstruídas, e continuaram a ser habitadas, mas,

Ceia de Natal: convém manter-se hidratado

Ceia de Natal: convém manter-se hidratado Então é Natal. As pessoas enchendo as lojas atrás dos presentes. A decoração característica, com árvores montadas, estrelas, algum presépio aqui e ali. Algumas igrejas entram no clima e celebram domingos de anunciação, e os cultos das vésperas. É uma das grande noites de ajuntamento familiar, para aguardar o momento de abrir presentes e comer a ceia. Ah. A ceia de Natal. Aquelas mesas bem decoradas com velas, e guirlandas. E com pratos caprichados. E variedade de bebidas. Podemos começar com as sempre presentes nozes, e as castanhas, sejam as de caju, sejam as do pará. Estas são sempre um bom aperitivo, para iniciar a comer. Ir enganando a fome nos primeiros momentos. Podem ser acompanhadas por um vinho tinto, não muito forte. Ou pela indefectível Coca-Cola, que provavelmente vai estar a postos para as crianças, ou para os abstêmios. Refrigerantes de baixa caloria também caem bem, por conta de quem diz estar em regime, ou tiver

Malala

Malala Malala ("He Named Malala") é um documentário com produção dos Estados Unidos e dos Emirados Árabes Unidos, que aborda a vida da adolescente Malala Yousafzai, que era uma ativista da educação de meninas em seu Paquistão natal, e que por isso acabou sofrendo um atentado, quase fatal. Contudo, aparentemente ao contrário do que desejavam seus algozes, ela acabou por receber reconhecimento mundial. O filme coloca em contexto tanto a vida de Malala, quanto o Talibã no noroeste do Paquistão, no Vale do Swat, terra natal de Malala. O início, com uma animação, fala de Malalai, uma adolescente que teria encorajado os afegãos contra os invasores ingleses. Tendo participado da Segunda Guerra Anglo-Afegã, Malalai é uma heroína no Afeganistão, e também entre a etnia pashtu paquistanesa. Malala Yousafzai recebeu seu nome em homenagem a essa antiga heroína afegã. Após essa espécie de prólogo, o filme fala de sua vida atual na Inglaterra, e seu ativismo, para relembr

Sessão de Autógrafos na 61a Feira do Livro de Porto Alegre

Sessão de Autógrafos na 61a Feira do Livro de Porto Alegre Na 61a Feira do Livro de Porto Alegre, finda há nem tanto tempo assim, acabei por ir a duas sessões de autógrafos numa mesma noite. E as situações não poderiam ser mais contrastantes. A primeira, na própria barraca das sessões de autógrafos estava praticamente vazia. Compreensível. Um autor regional, com um livro técnico, não atraiu muita atenção. E, sendo um livro técnico, é possível que até os familiares de nosso autor tenham se eximido de marcar presença para prestigiar o autor. Apesar de sua aparente solidão, o autor parecia animado, e me tratou com toda a cortesia, com uma bela dedicatória. Devo ter sido o primeiro potencial leitor a comparecer. Depois disso, perguntei sobre uma nova coleção de crônicas, organizada por Rubem Penz, "Cobras na Cabeça", uma homenagem aos quarenta anos das cobrinhas criadas por Luís Fernando Veríssimo. Na banca de venda de livros para serem autografados, inform

61a Feira do Livro de Porto Alegre

61a Feira do Livro de Porto Alegre Desde que pude, comecei a frequentar a Feira do Livro de Porto Alegre, que existia antes de mim, e, possivelmente continuará após mim. Deve fazer mais de trinta anos. No início, eu gostava muito de garimpar boas ofertas nos balaios. Sempre havia, ainda há, coisas muito boas nos balaios da Feira. E sempre comprava uma quantidade relativamente grande de livros, algo como mais de dez a cada edição. Livros são instrumentos de educação; sabedoria, para quem puder encontrá-la; e prazer. Contudo, eles ocupam espaço. E se você tem muitos livros, você tem muitas partes da sua casa ocupada por livros. Foi o que aconteceu comigo. Houve um momento em que eu brincava com as pessoas, informando que estava realizando um experimento científico, acumulando livros em casa. Eu estava experimentando quantos livros eu poderia ter em casa, antes de causar o desabamento do prédio em que moro. Brincadeirinha! Acompanhando a Feira há muitos anos

A Piauí, Michel Laub, a Legião Urbana e eu

A Piauí, Michel Laub, a Legião Urbana e eu A revista Piauí de setembro/2015 traz um longo artigo de MIchel Laubsobre a Legião Urbana . Em especial sobre um show ocorrido em Porto Alegre, em 1990. Michel Laub mistura suas memórias daquele show, com uma apreciação estética da obra de Renato Russo, e a própria biografia (de Michel Laub). Ele teve oportunidade de rever aquele show, que está disponível no YouTube. Além disso leu livros sobre a memória do Rock Brasileiro dos anos 1980, biografias da Legião, e o diário de Renato Russo, do período que o cantor passou numa clínica para desintoxicação. A primeira coisa que me ocorreu foi, como diz a expressão moderna, “explodir a minha cabeça”. Mas como assim? 1990? Na minha cabeça o show da Legião Urbana foi em 1994. Aquele em que estive. Depois é que fui me dar conta que, obviamente a Legião Urbana fez mais de um show em Porto Alegre, e aquele de 1990 era parte da turnê promovendo o disco “As Quatro Estações”. O que estive

Diário - cinema - 007 contra Spectre

Diário - cinema - 007 contra Spectre 007 contra Spectre ("Spectre", Estados Unidos, 2015) é o 24º filme oficial da franquia "007", desde 1962 (há outros dois, digamos, não autorizados, Casino Royale, de 1967, e Nunca Mais Outra Vez, de 1983). Neste caso, após uma missão "por conta própria" no México, James Bond descobre, ou redescobre, uma entidade chamada Spectre, responsável por uma série de atividades criminosas ao redor do mundo. Seu líder, Ernst Blofeld (Christoph Waltz), Bond descobre, é seu desparecido irmão de criação. É possivelmente a última participação de Daniel Craig, no papel de James Bond. Aí temos nossas perseguições, tiroteios e explosões que se tornaram comuns nesses filmes, passando por Londres, Roma, Alpes austríacos e Marrocos. O filme é cheio de citações históricas à série. Estão lá, por exemplo, o rolls royce de "Goldfinger" (1964), o velho Aston Martin do mesmo "Goldfinger", ou a clínica nos Alpes

Não Controlamos o Destino de Nossos Corpos - Um texto na Piauí de setembro de 2015

Não Controlamos o Destino de Nossos Corpos - Um texto na Piauí de setembro de 2015 Na edição de setembro de 2015 da revista Piauí há um texto muito veemente de Ta-Nehisi Coates , denunciando o racismo nos Estados Unidos, ou como ele diz no texto, "na América". De fato, o texto é líbelo em forma de carta que ele dirige ao seu filho, o menino Samori Coates. Também é um excerto do livro "Entre o Mundo e Eu", lançado recentemente. Ateu, Ta-Nehisi Coates renuncia a qualquer narrativa consoladora pós-morte para o escravismo dos Estados Unidos, ou ao racismo decorrente desse escravismo. Como diz no destaque do texto, os corpos dos escravos foram transformados em açúcar, algodão, tabaco e ouro para os senhores dos escravos. A denúncia se mistura com as lembranças de Ta-Nehisi. Ele fala da Universidade Howard (uma universidade fundada na segunda metade do século XIX, em Washington, D.C., para fornecer educação superior a negros, inicialmente para formar

Diário - cinema - Ponte dos Espiões

Diário - cinema - Ponte dos Espiões "Ponte dos Espiões" ("Bridge of Spies", Estados Unidos, 2015) é um filme sobre um advogado estadunidense que se vê envolvido nos bastidores da espionagem da Guerra Fria. Tudo começa com a caçada do FBI a um espião russo infiltrado em Nova York. Rudolf Abel (Mark Rylance) supostamente é este espião. Ele se disfarça como um artista amador. O filme não mostra nada sobre ele, a não ser possuir um estúdio cheio de equipamentos de comunicação (para interceptar comunicações nos Estados Unidos?), e receber uma mensagem cifrada dentro de uma moeda oca. Ele é preso, e James Donovan (Tom Hanks), um advogado de uma seguradora, é convocado pela American Bar Association, a OAB dos Estados Unidos, para defendê-lo. A beleza da coisa é que Donovan é apresentado como um idealista que irá levar seu trabalho a sério, contra o clamor da opinião pública, e mesmo contra um juiz de manifesta parcialidade. Jim Donovan é mais idealista

O mundo sempre andou complicado

De: José Alfredo <JoseAR@emeio.com.br> Para: Antonio Prata <antonioprata@folha.com.br> Assunto: O mundo sempre andou complicado Caro Antonio, Tenho acompanhado a sua produção cronística na Folha de São Paulo. A de 22 de novembro próximo foi muito tocante, ao falar da felicidade de um amigo alheio às últimas notícias. É a velha reafirmação da ignorância como uma bênção. Leio suas palavras sobre a queixa da mãe do menino assassinado no Complexo do Alemão, cujo inquérito da polícia civil declara que os policiais militares agiram no legítimo cumprimento de sua missão. Ou sobre os estragos produzidos pala torrente de lama decorrente do rompimento de uma barragem de rejeitos de minério de ferro, num distrito da cidade mineira de Mariana. Ou ainda sobre o ataque terrorista a Paris. Então você se lamenta sobre a omissão dos homens. Omissão que sempre houve: você relata o esforço de um homem no Gueto de Varsóvia escrevendo para autoridades de diversos países, d