Diário - cinema - Ponte dos Espiões


Diário - cinema - Ponte dos Espiões



"Ponte dos Espiões" ("Bridge of Spies", Estados Unidos, 2015) é um filme sobre um advogado estadunidense que se vê envolvido nos bastidores da espionagem da Guerra Fria.


Tudo começa com a caçada do FBI a um espião russo infiltrado em Nova York. Rudolf Abel (Mark Rylance) supostamente é este espião. Ele se disfarça como um artista amador. O filme não mostra nada sobre ele, a não ser possuir um estúdio cheio de equipamentos de comunicação (para interceptar comunicações nos Estados Unidos?), e receber uma mensagem cifrada dentro de uma moeda oca.


Ele é preso, e James Donovan (Tom Hanks), um advogado de uma seguradora, é convocado pela American Bar Association, a OAB dos Estados Unidos, para defendê-lo.


A beleza da coisa é que Donovan é apresentado como um idealista que irá levar seu trabalho a sério, contra o clamor da opinião pública, e mesmo contra um juiz de manifesta parcialidade. Jim Donovan é mais idealista do que os americanos se apresentam em Jornada nas Estrelas, a série original.


Depois, quando os russos oferecem uma troca de espiões, a ser feita em Berlim, num dos picos da Guerra Fria, isto é, durante a construção do Muro que separou a cidade por quase trinta anos, lá se vai Donovan para negociar, com aval do Governo dos Estados Unidos, mas não muito apoio. No clima barra pesada da Guerra Fria, Donovan realmente permanece fiel aos seus ideais, e tenta cumprir a missão que lhe foi dada da melhor maneira possível. Ao menos no filme.


Enfim, um bom dois filmes, uma história em Nova York, outra história em Berlim. Com o idealismo spilberguiano para aliviar um assunto que tende a ser muito pesado. Mais um filme para Tom Hanks brilhar, sem grandes competidores em cena.


06/12/2015.

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