Diário - Teatro - Antígona, com Andreia Beltrão


Diário - Teatro - Antígona, com Andreia Beltrão


Dia 22 de setembro passado, uma sexta-feira, estive no Theatro São Pedro para assistir à peça Antígona, em formato de monólogo, estrelado por Andreia Beltrão, como parte da edição do Porto Alegre em Cena deste ano.

De fato, essa apresentação de Antígona é uma adaptação da peça original de Sófocles. E uma experiência muito interessante.

Andreia Beltrão assume a função de uma contadora de histórias. No palco ela é uma narradora, uma atriz que assume múltiplos papéis, e mesmo uma sonoplasta na medida em que reproduz sons e gritos de luta. Ela vai nos conduzindo ao longo de boa parte dessas histórias, começando por Édipo, o pai de Antigona, e toda a série de tragédias se desenrolariam a partir de uma profecia sobre a criança, para chegar ao auge com Antígona que queria dar as devidas honras fúnebres ao irmão Polinices, tratado como traidor por Creonte, o novo rei de Tebas. A tragédia seguirá depois pela própria família de Creonte.

E a performance de Beltrão é realmente fascinante. Seja como uma narradora, seja encarnando Antígona, seja encarnando Creonte, ou o profeta cego Tirésias. Há momentos para rir, e momentos para quase chorar. E em todo momento sabemos que é ela, Andreia Beltrão, que está ali, pois são frequentes as pequenas pausas que a atriz faz para se rehidratar. 

Mas a verdade é que ela nos transporta para a Grécia mítica de muitos séculos antes de Cristo. 

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03/10/2017.

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