Um bar muito cheio

Um bar muito cheio (Relembrando a noite de autógrafos no Apolinário - 15/10/2015)




Eu não costumava ser frequentador de noites de autógrafos, mas de um tempo para cá, comecei a ir em algumas.


Houve inclusive uma ocasião em que cheguei com uma semana de antecedência.


Dito tudo isso, havia uma noite de autógrafos para ir novamente, quinta-feira passada (15/10/2015). O livro que estava sendo autografado era o volume seis das Crônicas de Botequim - Santa Sede (ou será que seria Santa Sede - Crônicas de Botequim, enfim...), livro de crônicas resultante da oficina ministrada pelo Rubem Penz, no bar Apolinário, na Cidade Baixa.


Ir ou não ir? Ir. Afinal eu era aluno e ex-aluno dessas oficinas. Outros oficineiros combinaram de ir. Então vamos.


Para variar era uma noite relativamente quente de primavera em Porto Alegre.

Além disso, eu chegaria lá quente, pois seria uma caminhada longa, desde o centro da cidade até o bar. É cansativo subir a Marechal Floriano. E é perigoso descer a Marechal Floriano. Para quem nunca se deu conta, entre a Duque de Caxias e a Fernando Machado, a Marechal é uma lomba íngreme. No meu caso, descer é sempre um exercício de precaução. Tenho medo de um escorregão ou um tropeção, e chegar na esquina da Fernando Machado rolando.


Após a longa jornada, chego num Bar Apolinário lotado. Não há lugar para sentar. Além da clientela normal do bar, há os parentes e amigos das autoras, Bruna, Maria Leiria, Patrícia, Ana Paula, Andrea, Joana, Maria Lucia, Ana Luiza e Paula, e do coordenador, o Rubem, e mais tanta gente quanto a divulgação nos meios de comunicação e na Internet conseguissem atrair.


Eu chego pingando suor, e o ar condicionado do bar não dá vencimento a tanta gente junta.

Pouco antes de mim, e portanto logo à minha frente, chega uma senhora. Ela também veio para a sessão de autógrafos, e compra um volume do livro. Eles estavam à venda logo à direita de quem entra no bar. Ela se demora um pouco mais no processo de compra, trocando palavras com o vendedor. No burburinho do bar, não consigo ouvir o que ela diz.

Quando ela termina sua conversa, é a minha vez de comprar o livro. Trinta reais.


Me dirijo à fila. Na passada cumprimento a Vanessa, ex-oficineira, que se tornou namorada do Rubem.


A fila tem que se espremer entre as mesas do bar, um corredor apertado. Eu, carregando uma mochila e um casaco, me sinto um tanto quanto espaçoso e inconveniente, mas não é nada.


A fila anda, e logo o meu livro chega à mesa de autógrafos. Começa com a assinatura da Bruna, e terminará com a da Paula.


Quando o livro chega na altura do Rubem, ele me informa que aquela senhora que chegara antes de mim, foi oficineira na pŕimeira Oficina de crônicas, em 2010. Histórica.


Recebo o livro de volta e vou para o fundo do bar. Peço uma água com gás, e passo a folhear o livro. Tendo sido uma oficina apenas com mulheres, com exceção do ministrante, e sendo lançada em outubro, este volume de crônicas sai com uma sessão relacionada ao outubro rosa. Boa iniciativa.


Bebida a água, era pagar a conta, se despedir das colegas oficineiras, da Vanessa, do Rubem, e seguir em frente. Missão cumprida.



18/10/2015.

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